Apenas uma breve relação sociológica, sem me prolongar
“O homem comum […], possui uma deturpada visão de valores. Observem o seu senso de ‘humanidade’, a disforme ‘consciência social’. O mais repulsivo de tudo são suas frágeis e inúteis noções de ‘ordem’ e ‘sanidade’. Se for submetido a muita
pressão…ELE QUEBRA!” – diz o Coringa.
De acordo com Michel Foucault, a loucura não é natural, e sim cultural.
Alan Moore, no roteiro de “A Piada Mortal”, descreve como um homem comum, com hábitos considerados comuns, se transforma no louco Coringa. Identificar o Coringa como ‘insano’, diante de uma sociedade que se auto considera ‘normal’ é muito simples, óbvio, afinal, estamos falando de um psicopata. De fato, a loucura diante da nossa sociedade, como analisa Foucault, pode ser um simples desvio das normas sociais e que, levará o indivíduo à decadência e punição social.
Já dizia a boa e velha letra de Arnaldo Baptista:
“Dizem que sou louco, por pensar assim. Se sou muito louco por eu ser feliz.
Mais louco é quem me diz, e não é feliz!”
Vale a leitura sociológica de Foucault na obra de Alan Moore e também, na discografia de Arnaldo Baptista!